sábado, 27 de novembro de 2010

REVEJA A ENTREVISTA QUE XUXA DEU A REVISTA PALYBOY



De todo modo, na entrevista de Xuxa a Guilherme Cunha Pinto em 1996 o tema veio à tona, junto com uma avaliação bastante rigorosa da estrela a respeito de seu namorado durante mais de cinco anos.
Confira o trecho abaixo da conversa entre Xuxa e Guilherme Cunha Pinto:
PLAYBOY – Sabe uma impressão que fica? Que uma pessoa comum nunca vai ter chance com você. Pensando nos seus namorados, ou são celebridades, como Pelé e Ayton Senna, ou modelos de beleza, como esse rapaz [referia-se ao então modelo Luciano Szafir, que tempos mais tarde seria pai de sua filha, Sasha]. É isso?
XUXA – Não, não é. As coisas simplesmente aconteceram. O encontro com o Pelé foi por acaso, a gente se conheceu numa fotografia que fui fazer. E no caso do Ayrton foi ele que buscou, de todas as maneiras, chegar perto de mim. Eu me apeixonei por duas figuras conhecidas, mas pode pintar qualquer pessoa.
PLAYBOY – A aparência não é importante? Se não for um sujeito bonitão…
XUXA – E tu acha o Pelé bonitão?
PLAYBOY – [Confuso.] O Pelé?
XUXA – Na época eu achava ele o máximo! Lindo. Mas já achava e continuo achando o pé dele horrível. O resto eu achava maravilhoso. Entendeu?
PLAYBOY – Você não gosta dos pés do Pelé?
XUXA – São horríveis.
PLAYBOY – Aqueles pés que fizeram…
XUXA – Horríveis. Parecem garras.
PLAYBOY – Aqueles pés ganharam três Copas do Mundo!
XUXA – Uma mulher que gosta de pé não pode olhar para o pé dele.
PLAYBOY – Você deve ser a única pessoa do mundo que não admira os pés do Pelé.
XUXA – Eu dizia para ele: “Se um dia tu arrumar uma namorada que tenha tara por pé, tu tem de ficar de meia”. Você não viu o pé dele[risos.]
PLAYBOY – Você e o Pelé namoraram durante seis anos, no começo da sua carreira. Agora faz tempo que não se falam?
XUXA – [Séria.] Eu não falo mais com ele. Faz tempo, já.
PLAYBOY – Foi por causa da entrevista que ele deu para PLAYBOY três anos atrás? [Nessa entrevista, em meio a diversos outros comentário e afirmações sobre Xuxa, Pelé disse que ela teria revelado ser virgem quando os dois se conheceram, no início da década de 80. E que a teria aconselhado a “resolver esse problema” antes de se envolvder com ele.]
XUXA – Não. Foi por uma série de coisas que aconteceram.
PLAYBOY – Mas e o que ele falou na entrevista?
XUXA – O Pelé faz parte da minha história e eu faço parte da história dele, mas acho que isso era uma coisa que não deveria ser dita, porque se alguém teria de falar seria eu. Ficou uma coisa grotesca. E, já que ele resolveu falar, que falasse a verdade. Quando a gente se conheceu, ele não sabia que eu era – eu não me apresentava às pessoas e dizia: ”Olá, meu nome é Xuxa, eu sou virgem”. Eu era virgem, mas ele só foi descobrir depois, quando a gente já estava junto.
PLAYBOY – Você teria dito, depois dessa entrevista do Pelé, que se por acaso se apaixonasse de novo por um rei, não seria um rei tão pequeno como ele. A raiva continua tão grande?
XUXA – Vamos dizer assim: tive momentos bons e ruins com ele. Às vezes, a gente aprende muito mais errando. E eu aprendi muito com ele. Hoje, não poderia ficar com uma pessoa tão pequena.
PLAYBOY – Pequena em que sentido, precisamente?
XUXA – É aqui [apontando a cabeça.] Saem coisas que, às vezes, não dá para entender. Dá o microfone para ele falar, que você vai sentir, vai ouvir. Ele é pequeno. Mas faz parte, fez parte da minha vida. Não posso negar isso, nunca.
PLAYBOY – Numa certa medida ele apresentou o mundo para você, não foi?
XUXA – Ele me apresentou muita coisa. Muita coisa boa, também. Um ponto que o Pelé tinha de legal é que queria me ver crescendo profissionalmente. Mas talvez não soubesse que eu teria tantas oportunidades. Uma vez ele disse para mim: “Nunca queira ser a melhor. Porque é muito difícil ser o primeiro”. Quando eu quis sair da [extinta Rede] Manchete [de Televisão] para ir para a Globo, ele disse: “Não faça isso. Não queira. Você vai ter de provar que é a melhor todo dia”. Pois hoje posso dizer que é muito bom ser a melhor. Não gostaria de ser a segunda.

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