domingo, 16 de outubro de 2011

A atriz abriu as portas de seu camarim, do musical infantil 'O Gato de Botas'



Andrea Veiga tem 32 anos de carreira e várias peças no currículo, mas é impossível ouvir o nome da carioca e não lembrar que ela foi a primeira paquita de Xuxa, ainda no Clube da Criança, da extinta Rede Manchete, em 1986. Atualmente em cartaz com o musical infantil "O Gato de Botas", no teatro Solar de Botafogo, na Zona Sul do Rio, a atriz abriu seu camarim para o EGO e falou sobre suas expectativas na carreira e na vida pessoal. Bem humorada, ela garante que não se incomoda em ser lembrada como assistente da rainha dos baixinhos, mas confessa que o rótulo às vezes atrapalha.

"É um sobrenome! Andrea Veiga, ex-paquita. Como o grupo marcou uma geração, você fica com um rótulo. Não tem jeito! Mesmo com a Letícia (Spiller), a Juliana Baroni e a Bianca Rinaldi, que conseguiram se desvencilhar um pouco da imagem, volta e meia sempre tem alguém para lembrar. Tem situações que isso ajuda e outras que atrapalha. As pessoas são muito preconceituosas. Fazem um pré-julgamento antes de assistir o trabalho. O que a maioria não sabe é que éramos muito preparadas para aquilo e que tínhamos que estudar para estar ali. Fiz curso de inglês e até de etiqueta, porque viajávamos com a Xuxa e ela sempre encontrava pessoas importantes. Trabalhávamos de segunda a segunda", conta.

Entre idas e vindas, Andrea trabalhou com Xuxa e Marlene Mattos dos 12 até os 33 anos, quando o filho, Luca, nasceu. Após seis anos como paquita, aos 18 anos, saiu do posto e começou a apresentar um programa infantil em uma emissora regional de São Paulo, fez "Sonho de Verão" no cinema, fez uma novela e uma minissérie com Herval Rossano e manteve o trabalho no teatro. Em 1996, casou com o ex-marido e foi morar em Brasília, onde permaneceu por cinco anos, e, em 2001, quando voltou, foi trabalhar com produção e reportagens no "Planeta Xuxa". 

"Todo mundo sempre me cobra de fazer novela, mas eu nunca batalhei muito por uma oportunidade. Tem muito do QI ('quem indica'), quem te apadrinha... Não é que eu não goste, mas eu curto mais teatro. Graças a Deus, sempre pude escolher o que queria fazer. Nunca tive que aceitar qualquer papel para sobreviver. Fui privilegiada! Quando o Luca nasceu, fiquei dois anos parada, só me dedicando a ele", diz a atriz, que espera ser reconhecida por seus projetos atuais. "Já fiz tanta coisa legal que as pessoas não sabem. Gostaria de ser reconhecida por isso, mas não me incomodo com o rótulo de ex-paquita e nem me arrependo de ter sido por tantos anos. Trago uma bagagem tão grande... Isso não tem dinheiro que pague. Acho que teria que fazer um papel muito grande para mudar isso", acredita.


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